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Dia 15 - 21.12.1999 - Tel Aviv

Penúltimo dia em Tel Aviv, e amanheceu um dia quente e ensolarado. No trabalho, dia de conversar bastante com os espanhóis (em inglês), mas sem maiores novidades.

No almoço, o pessoal de lá decidiu reunir o grupo para um almoço de despedida fora da empresa, e fomos todos caminhando até um restaurante próximo. Estava bastante quente ao meio-dia, para surpresa de quase todo mundo, e foi uma caminhada bem agradável. Também vimos vários gatos aproveitando o sol nos estacionamentos ao redor dos prédios...

A diferença deste restaurante para os outros em que eu já havia estado era que o cardápio era só em hebraico. Então, os locais tiveram que traduzir para mim e para os espanhóis, e também explicar o que era a comida. Fora isso, foi um almoço agradável, com bastante "troca de figurinhas" sobre como é a vida em Israel, na Espanha e no Brasil. Os espanhóis que estavam lá eram de Barcelona, e segundo eles as Olimpíadas de 1992 foram uma das melhores coisas que já aconteceram à cidade. Muitas das coisas que foram construídas na época estão em uso pela população em geral, e o esforço de embelezamento da cidade naquele ano segue funcionando até hoje.

Já os israelenses estavam bastante curiosos sobre o carnaval do Brasil, então tive que explicar sobre o desfile do Rio e responder perguntas sobre as mulheres andando nuas nas ruas... Perguntei sobre como seriam as festas de entrada do ano 2000, já que eles usam um calendário diferente. Disseram que haveria festa, mas nada muito extravagante, até porque a virada do ano caía no meio do Sabbath e não se podia fazer festas muito barulhentas ou o pessoal mais religioso reclamaria.

No final do dia, compartilhei o táxi para o hotel com os espanhóis (eles estavam ficando em outro hotel próximo ao meu), e depois saí para comer meu último falafel da viagem.

Durante a janta notei dois americanos conversando em outra mesa, aparentemente apenas bebendo. Um deles estava visivelmente bem bêbado, falando muito alto e declarando ao quatro ventos o amor dele ao exército dos EUA. O outro, notei depois, também estava bêbado, mas estava mais "conciliador", tentando acalmar o colega. Honestamente, mais escandaloso que americano, só americano bêbado. Lá pelas tantas, não sei como, eles começaram a discutir entre si e o mais exaltado, depois de usar palavrões que eu nem conhecia, declarou o final da amizade entre eles dois, e que eles nunca mais iam se falar, por causa da falta de ética do outro (não peguei o motivo direito). Depois disso, curiosamente, eles quase brigaram para ver quem ia pagar a conta e, se entendi bem, os dois pagaram, sob olhares admirados do garçom. Quando saí eles continuavam lá e estavam começando a cantar.

Incidentalmente, o falafel estava ótimo.

Depois, foi voltar para o hotel e fazer as malas para a viagem do dia seguinte...

Na próxima e penúltima parte: a viagem de volta, primeira tentativa.

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